sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Bem Viver Boa Mesa - págs. 18 a 25

Bem Viver Boa Mesa - págs. 18 e 19
Bem Viver Boa Mesa - págs. 20 e 21
Bem Viver Boa Mesa - págs. 22 e 23
Bem Viver Boa Mesa - págs. 24 e 25

Índice de Receitas de Sopa:

Creme Rico de Tomate
Caldo Branco
Consommé de Galinha
Sopa de Rabo de Boi
Panada
Creme de Espargos
Sopa Rica
Puré de Tomate
Creme de Espinafres

Índice de Receitas de Peixe:

Pudim de Pescada com Molho de Alcaparras
Peixe à Polaca
Salmão Fingido
Pregado Cozido com Molho Mousseline
Filetes de Linguado à Moda da Normandia
Paté de Atum
Bouillabaisse
Sardinhas Picantes
Robalo em Geleia

Índice de Receitas de Carnes

Paté Caseiro
Boeuf à La Mode
Vitela Marengo
Bifes à Escondidinho
Tournedos
Rim com Molho Madeira
Bifes a Cavalo

Índice de Mariscos e Crustáceos

Lagosta à Americana
Conchas de Mariscos
Lagosta com Natas
Lagosta Thermidor
Cocktail de Camarões
Bolo de Camarões
Mexilhões à Francesa
Santola Recheada


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segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Brevíssima história do gelado em Portugal


"Uma breve curiosidade da história dos gelados...
Começam a fazer parte das sobremesas da corte Portuguesa desde meados do século XVIII. Primeiro em Itália e França, e depois rapidamente este saboroso costume se passou a Portugal. E como ter gelo em Lisboa em pleno Verão, época em que os gelados sabiam melhor?

O fabrico do gelado começava muito antes, no Inverno, na Serra da Lousã, em Cabeço do Pereiro ou Santo António da Neve. Após os grandes nevões, a neve era transportada pelas mulheres e crianças até aos neveiros (poços fundos e cobertos) onde era depositada e compactada com maços até se tornar gelo. Coberto com palha, aguentava-se assim até ao Verão, quando era cortado em blocos, envolvido em palha e transportado em carros de bois até ao Rio Zêzere, descendo depois de barco a caminho do Tejo e até ao Terreiro do Paço. 

Depois de preparados, poderiam ter vários sabores e várias apresentações, desde taças a lindos moldes figurativos. Um pequeno luxo que só poucos poderiam saborear, mas que seria o sustento de muitas famílias da Lousã."

Esta gravura maravilhosa e o texto, que é delicioso (ou não estivéssemos a falar de gelados) foram retirados de uma das melhores página de Facebook, chamada Old Manor Memories. Memórias da Casa Antiga, da autoria de Ana Motta Veiga, arquitecta, investigadora e "expert" de Conservação e Restauração, nomeadamente reabilitação patrimonial. A página Old Manor Memories. Memorias da Casa Antiga é surpreendente no conteúdo, nas fotos/desenhos, nos textos. Ali tudo "cheira" a casa, a história, a família (na sua vertente alargada). Como nos diz Ana Motta Veiga, são "memórias de um quotidiano doméstico". É imperdível.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Flores do Egipto


Flores do Egipto

3 ovos, o mesmo peso de farinha, 1 chávena de leite, 1 colher de açúcar e um pouco de sal. Bate-se bem e frita-se num tacho fundo com bastante azeite. Têm uma fôrma própria e devem guardar-se numa lata até à hora de se servirem. Nessa altura polvilham-se de açúcar e canela.

Do Comer e do Falar... Tudo Vai do Começar

Intervenção da Professora Inês de Ornellas e Castro na apresentação do livro Do Comer e do Falar... Tudo vai do começar, editado pela Relógio de Água e da autoria de Ana Marques Pereira e Maria da Graça Pericão. Infelizmente, por falta de memória do aparelho de gravação, não temos a intervenção completa. Mas fica o essencial.




Carlos Vaz Marques apresenta, no programa Livro do Dia, na TSF, o livro Do Comer e do Falar... Tudo Vai do Começar.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Menús de Outrora


Menú do Hotel Tivoli - Lisboa - para o jantar de homenagem ao Prof. Doutor Mário de Figueiredo, Presidente da Assembleia Nacional - 24 de Março de 1966.

Mário de Figueiredo: Nasceu em Figueiró, Viseu, a 19 de Abril de 1890 e morreu em Lisboa, 19 de Setembro de 1969.

Carreira Académica. Doutor em Direito em 1919. Professor Ordinário desde 1924. Leccionou: Direito Comercial e Direito Internacional Privado.

Cargos exercidos. Director da Faculdade de Direito. Deputado. Plenipotenciário do Governo Português para a Negociação e Assinatura da Concordata com a Santa Sé. Presidente da Junta Nacional da Educação. Presidente da Assembleia Nacional. Ministro da Educação Nacional. Ministro da Justiça.

Distinções. Grande-Oficial da Ordem Militar de Cristo. Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada. Grã-Cruz da Ordem da Instrução Publica. Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.



domingo, 17 de janeiro de 2016

Sorvetes de Kirsch-Wasser

Autores Vários: O Cozinheiro dos Cozinheiros, Edição de Paul Plantier, 
Lisboa, 1877 - 2ª Edição. Pág.747
 
 
Sorvetes de Kirsch-wasser
 
Põe-se de infusão num meio litro de água de rio, 250 gramas de caroços de cerejas pisados. Passa-se por um coador a infusão depois de quatro horas e juntam-se três quartos de litros de açúcar em ponto de cabelo. Leva-se a composição a 17 graus de pesa-xaropes; faz-se gelar; quando os gelos estiverem bem tomados e dez minutos antes de servir, lançai na sorveteira quantidade equivalente a seis copinhos de kirsch-wasser e agitai o aparelho com a espátula para que o liquido se misture bem e que os sorvetes fiquem brancos; lançai em copos de sorvetes e servi.

Bem Viver Boa Mesa - págs. 10 a 17

Bem Viver Boa Mesa - págs. 10 e 11

Bem Viver Boa Mesa - págs. 12 e 13

Bem Viver Boa Mesa - págs. 14 e 15

Bem Viver Boa Mesa - págs. 16 e 17

E cá temos mais 8 páginas da revista Bem Viver, nº 2, ano de 1953, dirigida por Fernanda de Castro. Número inteiramente dedicado à Boa Mesa.

Para consultar todas as páginas digitalizadas da revista Bem Viver - Boa Mesa, clique em:

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

A não perder: Do Comer e do Falar - Vocabulário Gastronómico


Beijos de Preta


Beijos de Preta

Uma chávena de chocolate em pó, outra de açúcar e outra de amêndoa ou noz partidas [em outro livro de receitas, a Avó diz "e algumas nozes ou amêndoas"] aos bocadinhos. Amassa-se com 1 clara de ovos e fazem-se umas bolas pequeninas que se rolam por açúcar areado e se colocam dentro de formas de papel.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Bem Viver Boa Mesa - págs. 2 a 9

Bem Viver Boa Mesa - págs. 2 e 3
Bem Viver Boa Mesa - págs. 4 e 5
Bem Viver Boa Mesa - págs. 6 e7
Bem Viver Boa Mesa - págs. 8 e 9
Como prometido, aqui ficam as primeiras páginas da revista Bem Viver, dirigida por Fernanda de Castro. Este segundo número, de 1953, é inteiramente dedicado à Boa Mesa e apresenta imensas dicas, receitas, artigos, curiosidades e outras surpresas que, a pouco e pouco, iremos desvendar.

Espero que gostem...

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- Sumário

Pirâmide de Ouro


Pirâmide de Ouro

Batem-se em castelo alto claras de 6 ovos, bem batidas, e deita-se pouco a pouco o açúcar, uma colher por cada clara e batem-se até ficar bem ligado.
Deitam-se as nuvens numa travessa de ir ao forno e alisam-se bem com uma faca. O forno brando.
Põe-se um pouco de açúcar a ferver até ponto de espadana, batem-se as gemas com um pouco de canela e deitam-se no açúcar que vai outra vez ao lume até as gemas ficarem bem cozidas e cobrem-se as claras com este creme.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Ponche Romano

Revista Serões, nº 74, de 1911 - págs. 160

Ponche Romano

Corta-se em tiras finas, a superficie da casca de 4 limões, deitando-as para dentro de uma tigela.
Fervem-se dois copos de água com meio quilo de açúcar, e, ainda a ferver, vaza-se para dentro da tigela onde estão as cascas. Juntem-se-lhe três folhas de gelatina previamente dissolvidas em um pouco de água, e o sumo de seis limões.
Quando estiver quase gelado, junta-se-lhe dois copinhos de rum, e deixa-se acabar de gelar. Serve-se em copos. 

sábado, 2 de janeiro de 2016

Marmelada de Laranja


Revista Serões, nº 70, de 1911 - págs. 319-320
 
Marmelada de Laranja

Ingredientes necessários: 1 kilo de laranjas, 4 kilos de açúcar branco, o sumo de dois limões, e água.
Processo: tenham-se à mão duas tigelas, uma maior e outra mais pequena. Dividam-se em quartos as laranjas, e tirem-se-lhes as pevides e as fibras brancas, as quais se deitarão na tigela pequena juntamente com duas chávenas de água. Esses quartos deverão ser cortados às tirinhas muito finas depois de se lhe ter espremido todo o sumo para dentro da tigela grande, juntando-se-lhe vinte e duas chávenas de chá cheias de água.
Deixa-se descansar durante vinte e quatro horas. Ferva-se o conteúdo da tigela grande durante meia hora, e deixe-se novamente descansar durante vinte e quatro horas. Ferva-se o conteúdo da tigela pequena durante cinco minutos e coe-se para dentro do tacho de fazer o doce juntando-lhe o conteúdo da tigela grande e 4 kilos de açúcar branco. Deixe-se ferver durante três quartos de hora; junte-se-lhe o sumo de limão quando a fervura esteja em meio. É necessário todo o cuidado para que não ferva demasiadamente, pois isso prejudicaria o gosto e a cor. Para se fazer a experiência afim de se ver se está em boa conta, deita-se um pouco num pires depois de ferver durante meia hora, devendo já começar a gelar.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Bem Viver - Boa Mesa


Encontra-se já digitalizada toda a revista Bem Viver, Boa Mesa:
(clique nas respectivas páginas)

- Capa, Publicidade Inicial e Sumário
- Páginas 2 a 9
- Páginas 10 a 17
- Páginas 18 a 25
- Páginas 26 a 33
- Páginas 34 a 41
- Páginas 42 a 49
- Páginas 50 a 58 (contra-capa)
- Sumário Condensado

Nada como começar 2016 com uma belíssima novidade de 1953. O nº 2 da revista Bem Viver, dedicado à Boa Mesa. 

A Bem Viver foi uma revista mensal fundada e dirigida por Fernanda de Castro entre 1953 e 1954. 

Para além de Fernanda de Castro, colaboraram nesta publicação, da qual saíram 10 números, António Ferro (marido da escritora), António Quadros (filho), Natércia Freire, Delfim Santos, Matos Sequeira, Ramalho Ortigão, Maria da Graça Azambuja, Azinhal Abelho, Abel Viana, Antero de Figueiredo, Cecília Meireles, Ofélia Marques, António d'Eça de Queirós, Álvaro Ribeiro, Esther de Lemos, Júlio Dantas, Orlando Vitorino, António Manuel Couto Viana, entre outros. 

A ilustrações e o arranjo gráfico dos 10 números estiveram a cargo da pintora Inês Guerreiro.

Números publicados:

N.º 1 - A Casa
N.º 2 - Boa Mesa
N.º 3 - A Criança
N.º 4 - A Moda
N.º 5 - É assim a nossa gente
N.º 6 - Enfeites
N.º 7 - Recreio
N.º 8 - Vida do Espírito
N.º 9 - Beleza e Higiene
N.º 10 - Jardins e Janelas Floridas

Números que não chegaram a sair:

N.º 11 - Mobiliário
N.º 12 - Arte de Bem Viver


Na casa dos meus Avós fui descobrir exactamente os oito primeiros números desta revista e fiquei logo empolgado quando me deparei com este Nº 2. "Tem de ir já para o blog", pensei. 

Assim sendo, e sempre no espírito de partilha que caracteriza este espaço e por amizade com os meus amigos leitores, irei publicar, pouco a pouco, toda a revista dedicada à Boa Mesa digitalizada, por ordem das páginas. A revista merece e homenageia-se, deste modo, a figura extraordinária de Fernanda de Castro.

 Fernanda de Castro

Espero que gostem e que fiquem tão deslumbrados como eu fiquei.

Um 2016 cheio de luz e paz para todos, com serenidade e felicidade em todos os dias do ano. 

E porque não Poesia?

Não Fora o Mar!

Não fora o mar,
e eu seria feliz na minha rua,
neste primeiro andar da minha casa
a ver, de dia, o sol, de noite a lua,
calada, quieta, sem um golpe de asa.

Não fora o mar,
e seriam contados os meus passos,
tantos para viver, para morrer,
tantos os movimentos dos meus braços,
pequena angústia, pequeno prazer.

Não fora o mar,
e os seus sonhos seriam sem violência
como irisadas bolas de sabão,
efémero cristal, branca aparência,
e o resto — pingos de água em minha mão.

Não fora o mar,
e este cruel desejo de aventura
seria vaga música ao sol pôr
nem sequer brasa viva, queimadura,
pouco mais que o perfume duma flor.

Não fora o mar
e o longo apelo, o canto da sereia,
apenas ilusão, miragem,
breve canção, passo breve na areia,
desejo balbuciante de viagem.

Não fora o mar
e, resignada, em vez de olhar os astros
tudo o que é alto, inacessível, fundo,
cimos, castelos, torres, nuvens, mastros,
iria de olhos baixos pelo mundo.

Não fora o mar
e o meu canto seria flor e mel,
asa de borboleta, rouxinol,
e não rude halali, garra cruel,
Águia Real que desafia o sol.

Não fora o mar
e este potro selvagem, sem arção,
crinas ao vento, com arreio,
meu altivo, indomável coração,

Não fora o mar
e comeria à mão,
não fora o mar
e aceitaria o freio.

Fernanda de Castro, in "Trinta e Nove Poemas"

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